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Pesquisadores da UFPA publicam artigo sobre a emissão de gases de efeito estufa no aterro do Aurá em revista internacional

  • Publicado: Sexta, 11 de Outubro de 2019, 16h13

lixão aurá

O aterro do Aurá ou "Lixão do Aurá", como é popularmente conhecido, no período de 1991 até 2015, foi o maior espaço de destinação dos resíduos sólidos urbanos dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, no Estado do Pará. No entanto a sua contribuição para as emissões de gases de efeito estufa ainda não havia sido estudada de maneira adequada.

Baseados nessas problemáticas, os pesquisadores Breno Imbiriba, Jade Rebeka Ramos, Renato Silva, José Cattanio, Luciano Louzada e Thomas A. Mitschein, da Universidade Federal do Pará, publicaram na Revista Internacional de Gerenciamento Integrado de Resíduos, Ciência e Tecnologia Waste Management da Elsevier o artigo intitulado "Estimates of methane emissions and comparison with gas mass burned in CDM action in a large landfill in Eastern Amazon" (Estimativas das emissões de metano e comparação com a massa de gás queimada na ação do MDL em um grande aterro na Amazônia Oriental, em tradução livre).

A pesquisa utilizou os dados do sistema de coleta e queima de gás implantado no Aurá durante dez anos (1997 – 2017), para modelar as emissões totais do aterro durante toda a sua vida útil. O estudo  é resultado do trabalho conjunto entre o Programa Trópico em Movimento, a Faculdade de Meteorologia e os Programas de Pós-Graduação em Ciências Ambientas e em Gestão de Riscos e Desastres da UFPA, coordenado pelo professor Breno Imbiriba.

A pesquisa - O trabalho dos pesquisadores demonstra que a decomposição de matéria orgânica no lixão do Aurá ocorre de forma bem mais acelerada do que em modelos amplamente utilizados, como o do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), e, ainda, que até 48% das emissões de gases já haviam ocorrido antes da implantação do sistema de coleta. Segundo o coordenador do estudo, Breno Imbiriba, "É necessária a implantação de sistemas de queima e coleta nas fases iniciais da vida útil do aterro", afirma o professor.

Os pesquisadores estimam que, a partir de 2015, o aterro do Aurá emitirá 19% do total das suas emissões de gases e que a quantidade total de metano emitida pelo aterro, convertida em toneladas de carbono equivalente, varia entre 9,4 e 9,8 milhões de toneladas.

"Para se ter uma ideia da quantidade, isso equivale no mínimo a uma área de floresta virgem de aproximadamente 480km², ou seja, 45% de toda a área do município de Belém", explica Breno Imbiriba.

O estudo completo (versão em inglês) pode ser acessado aqui.

Texto: Karina Samille Costa – Programa Trópico em Movimento
Foto: Reprodução Google

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