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Alunos da UFPA desenvolvem película bioplástica feita de resíduos do agronegócio

  • Publicado: Sábado, 09 de Maio de 2020, 15h27

 Bioplástico 2

Uma película, bioplástica feita de resíduos do agronegócio, que aumenta o tempo de vida dos alimentos, protegendo-os e evitando a sua contaminação. Esse é um projeto desenvolvido por alunos da Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Startup Biomimética, premiado nacional e internacionalmente. O bioplástico líquido, denominado RevFood, ao ser despejado sobre a superfície dos alimentos, dentro de alguns segundos, solidifica-se, formando uma película ultrafina e comestível, capaz de prolongar significativamente a conservação de frutas e hortaliças.

A equipe é formada por nove pessoas, sendo estudantes de Direito (1), Ciências Contábeis (1) e de Engenharia de Bioprocessos (6) da UFPA, além de um profissional de Publicidade e Propaganda. A equipe foi criada inicialmente para participar do Desafio Inove+2019, preocupados com a grande quantidade de alimentos que vão para o lixo e os inúmeros resíduos do agronegócio que não possuem grande valor agregado. Os planos para o futuro, após a conquista também do HackBrazil, são estender a aplicação do produto para mais alimentos e regularizar os seus componentes  na Anvisa para a aplicação nos alimentos hortifrúti.

O RevFood foi desenvolvido com base na união de um estudo sobre a embalagem natural dos alimentos, realizado pelo estudante Jonas Cunha, com uma pesquisa que já era desenvolvida pelos alunos André Freitas, Patrícia Santos e Luis Teixeira, sobre a extração de componentes de casca de frutas, com a orientação do professor Hervé Louis Ghislain Rogez. O grupo descobriu que podia fabricar bioplásticos com resíduos, sendo que, atualmente, os bioplásticos são os principais candidatos para a substituição do plástico tradicional no mundo.

Bioplástico 1Funciona assim: o bioplástico líquido é feito com cascas de frutas e legumes, bem como talos e sobras de hortaliças, e, ao ser despejado sobre a superfície dos alimentos, dentro de alguns segundos, solidifica-se, formando uma película ultrafina imperceptível a olho nu. Em estudos preliminares, foi possível triplicar o tempo de vida de bananas, maçãs, tomates, uvas e mamão. Essa película é comestível e não provoca danos à saúde humana, como o plástico comum.

O foco da pesquisa, nesse primeiro momento, é poder ajudar as pessoas que vendem frutas e hortaliças ao ar livre e que não podem arcar com os custos de refrigeração para conservar esses alimentos. Há também grandes franquias de restaurantes e supermercados interessadas no produto, conforme explica Jonas Cunha, hoje CEO da equipe de Biomimética da UFPA. Depois, há interesse de ampliar o uso do RevFood internacionalmente.  

“Para um projeto que nasceu dentro de uma universidade no Norte do país, isso significa que o nosso produto pode trazer benefícios não só para a produção local, mas também para o mundo inteiro”, afirma o estudante. “Com o valor recebido da premiação, vamos finalmente conseguir investir nos equipamentos necessários para a produção e regularização do produto na Anvisa”, continua Jonas Cunha.

Saiba mais sobre a premiação aqui. Para conhecer o RevFood, clique aqui.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comuncação da UFPA
Imagens: Divulgação Equipe Biomimética

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