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UFPA realiza exames preventivos para a saúde feminina

  • Publicado: Quarta, 13 de Outubro de 2021, 15h15

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A Região Norte é a única do país onde as taxas de câncer de mama e de colo do útero se equivalem entre as mulheres. Essas são as estimativas mais recentes do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), relativas ao ano de 2020, que registraram 1.970 casos de câncer de mama e 1.940 casos de câncer do colo do útero em estados nortistas. Portanto, o Outubro Rosa, na região, significa ter atenção à saúde feminina como um todo. A Universidade Federal do Pará (UFPA) atua na comunidade com a prestação de serviços gratuitos e com a conscientização a respeito dessas doenças. 

Segundo o Inca, para o Brasil, estima-se que ocorram 66.280 casos novos de câncer de mama, para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. Em relação ao câncer do colo de útero, o número de casos novos de câncer esperados para o Brasil, para cada ano do triênio 2020-2022, é de 16.590, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres. Uma taxa bastante expressiva. 

Somente em 2020, no Pará, foram diagnosticados 780 casos de câncer de mama, e o mesmo número para o câncer do colo de útero, sendo que as taxas brutas e ajustadas para cada 100 mil mulheres são bastante similares para ambos os tipos. Isso significa que, cada vez mais, as mulheres devem estar atentas para prevenir e diagnosticar precocemente essas doenças em seus organismos e, assim, ter a chance de minimizar os riscos. 

Prevenção é fundamental - Tanto o câncer de mama quanto o do colo do útero são doenças silenciosas que, caso não tomados os devidos cuidados de prevenção no tempo certo, podem já ser diagnosticadas em modo irreversível. É sobre o que alerta a professora Maísa Silva de Sousa, do Laboratório de Biologia Molecular e Celular do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA. A professora também atua no Laboratório de Citopatologia no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFPA e direciona as atividades do Projeto de Extensão ”Pesquisando Indicadores de Infecções e Doenças Infecciosas na Extensão Universitária”.

“Na fase da juventude, é difícil encontrar lesões graves ou câncer, mas é o pico da ocorrência de infecções no organismo feminino que, caso não cuidadas ou prevenidas, pode gerar esses problemas no futuro. A realização contínua de exames preventivos é imprescindível”, afirma a professora. O exame preventivo do câncer de colo de útero, também conhecido como Papanicolau, deve ser feito anualmente ou, no máximo, a cada três anos, por mulheres que já iniciaram a vida sexual. “É comum encontrar casos de mulheres que não realizaram esse acompanhamento na faixa dos 25/35 anos e, quando chegam aos 45/55 anos, já encontram o câncer instalado”.

Isso significa que, mesmo não havendo sintomas, é preciso manter os cuidados. Entre os sintomas aos quais se deve estar em alerta, estão o sangramento persistente e a dor na relação sexual. O câncer do colo do útero é o quarto mais frequente no mundo e é causado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV). Na maioria das vezes, o vírus não causa doença, entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo e são curáveis na quase totalidade dos casos.

Sobre a incidência recorrente na Região Norte, a professora Maísa acredita que a causa pode estar relacionada às características geográficas da Amazônia, onde as distâncias dificultam o acesso aos sistemas de saúde, além da carência de informação sobre o assunto.   

Para ajudar na prevenção, o Laboratório de Citopatologia da UFPA realiza atendimentos em fluxo contínuo tanto para estudantes da UFPA, por meio do Programa Estudante Saudável, promovido pela Superintendência de Assistência Estudantil (Saest), quanto para mulheres da comunidade externa. Para estudantes, o atendimento é realizado todas as quintas-feiras, pela manhã, e a comunidade externa é atendida às segundas-feiras, à tarde . São realizadas de 10 a 15 coletas por dia de atendimento, feitas por profissionais de saúde acompanhadas por estudantes de graduação da UFPA.

O agendamento dos exames, tanto os citopatológicos, como os de análises clínicas, estes últimos também abrangendo o público masculino, podem ser feitos pelo (91) 91 984702276 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Paralelamente a isso, alunos(as) dos cursos de Farmácia e Biomedicina, por meio da disciplina Citologia Clínica, ministrada pela professora Maísa no Instituto de Ciências da Saúde (ICS) e no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), realizam ações educativas no instagram, por meio do perfil @egua_da_intimidade.

Mamas - Com relação ao câncer de mama, o Programa Estudante Saudável também disponibiliza serviço educativo e ambulatorial por meio do Ambulatório de Mastologia, localizado no Centro de Atenção à Saúde da Mulher e Crianças (Casmuc), da Faculdade de Medicina (FAMed) da UFPA. A comunidade externa também pode participar de palestras e realizar exames por meio do Projeto Saúde Mamária, que associa a saúde das mamas a práticas de nutrição e fisioterapia. A professora Franciane Silva Rocha, coordenadora do projeto, explica que a alimentação, o controle de peso e a atividade física têm impacto direto na prevenção desse tipo de câncer.

O tipo histológico mais comum para o câncer de mama feminina é o carcinoma de células epiteliais, que se divide em lesões in situ e invasoras. Os carcinomas mais frequentes são os ductais ou lobulares, segundo a American Cancer Society. No mundo, esse é o câncer mais incidente entre as mulheres. Por isso o autocuidado é fundamental. “É importante que as mulheres exerçam o autocuidado, que conheçam seu corpo e possam identificar o que já é existente e o que pode ser novo e merecer investigação”, alerta Franciane.

Além disso, é recomendável que mulheres com histórico de câncer de mama na família realizem exames anuais de mamografia, a partir dos 35 anos. Sem o histórico de câncer, pode-se realizar apenas o exame clínico até a faixa dos 40 anos. A partir de 50 anos, é recomendável a mamografia, que pode ser tanto de rastreio quanto de diagnóstico. Os sintomas que devem ser observados são nodulação súbita e crescente, vermelhidão e/ou deformidades na mama e nos mamilos, bem como coceira persistente nos mamilos, saída de descarga papilar espontânea pela mama e presença de glândulas axilares.

Entre as ações previstas para o Outubro Rosa, já houve palestra sobre a relação do câncer de mama com a nutrição e estão previstas as apresentações dos temas Fisioterapia e Câncer de Mama, no dia 19 de outubro, e Câncer de Mama, no dia 26. As atividades iniciam-se às 8h, no auditório do Casmuc, que fica no Setor Saúde do campus da UFPA, em Belém. A participação é gratuita e aberta ao público. A comunidade também pode agendar atendimento ambulatorial pelo (91) 3201-8884 e encontrar material informativo no instagram @_especialidadesginecológicas

Complexo Hospitalar - No Complexo Hospitalar da UFPA, os Hospitais Universitários Bettina Ferro de Souza (HUBFS) e João de Barros Barreto (HUJBB) ofertam agendamento de mamografia durante todo o mês para quem desejar fazer o exame, além de biópsias para pacientes já diagnosticadas. No HUJBB, a Unidade de Oncologia (Unacon)  está decorada de rosa, com um painel para fotos. As ações educativas alcançam também trabalhadoras do Complexo, familiares e acompanhantes de pacientes das unidades de quimio e radioterapia.  

doutora Danielle Feio, oncologista da Unacon, reforça que as medidas protetivas diminuem a incidência do câncer e, com isso, aumentam as possibilidades de diagnóstico precoce e as chances de cura. “O que geralmente acontece é que as pacientes chegam para tratamento com a doença muito avançada e as consequências são muito mais mutilantes. A prevenção e o diagnóstico precoce salvam vidas e geram maior curabilidade”.

A médica lembra que a prevenção não deve ser somente em outubro. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, há de se realizar a mamografia anualmente a partir dos 40 anos de idade. Em relação ao colo do útero, a prevenção é ainda mais eficaz na não ocorrência deste tipo de câncer, daí a importância dos exames regulares, uma vez que a detecção de lesões possibilita tratamentos para que a doença não se desenvolva. Além disso, a vacinação de jovens e adolescentes contra o HPV auxilia o combate ao câncer, já que o HPV (doença sexualmente transmissível que causa verrugas genitais) está associado a mais de 90% dos casos de câncer do colo de útero.  

E destaca: “hábito saudável é prescrição médica”. Evitar carne vermelha, alimentos condimentados e industrializados, bem como evitar o alcoolismo,o  tabagismo, o sedentarismo e o sobrepeso também são ações preventivas. Além disso, a gestação e a amamentação atuam como fatores protetores. 

Serviço:

Exames laboratoriais pelo Programa Estudante Saudável (PES)

Público: homens e mulheres estudantes da UFPA 

Exames realizados: 

Homens e Mulheres – urina rotina, fezes, hemograma, perfil metabólico (glicose, triglicerídeos e colesterol), perfil renal (ureia e creatina), perfil hepático (AST/ALT, bilirrubinas, GGA e FA), pesquisa sorológica (vírus linfotrópico-T humano HLTV, VDRL).

Mulheres: exame preventivo de Papanicolau, exame de bacteroscopia de secreção vaginal, pesquisa molecular na secreção cérvico-vaginal (chlamydia trachamattis, papiloma vírus humano – HPV).

Agendamento: (91) 91 984702276 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Exames do Ambulatório de Mastologia do Casmuc

Público: mulheres estudantes da UFPA e comunidade externa

Exames realizados: exame clínico e mamografia 

Agendamento: (91) 3201-8884

Programação Outubro Rosa

Horário: 8h às 12h

Data: 19/10 – Palestra Fisioterapia e Câncer de Mama

Data: 26/10 – Palestra Câncer de Mama

Local: Casmuc - prédio ao lado do hospital Bettina Ferro, no Setor Saúde do campus da UFPA em Belém, Guamá.

Aberto ao público.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Arte: Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

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