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Colóquio discute desenvolvimento, território, cultura e políticas públicas no nordeste paraense

  • Publicado: Terça, 31 de Maio de 2022, 15h52

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Nesta segunda-feira, 30 de maio, ocorreu a abertura do II Colóquio Mesorregional de Governança do Nordeste Paraense, organizado pela Diretoria de Relações Interinstitucionais e Sociais da Pró-Reitoria de Extensão, em parceria com os Campi Universitários de Salinópolis, Capanema e Bragança e o Instituto de Estudos Costeiros (Iecos) da UFPA. O evento segue até o dia 1o de junho, no auditório da Casa de Cultura Fonte do Caranã, espaço de Arte, Cultura e Ciência da UFPA em Salinópolis.

O evento discute políticas públicas, desenvolvimento regional, economias locais, cultura, desafios ambientais, territórios, entre outros temas, reunindo dirigentes e pesquisadores da Universidade, gestores públicos, representantes do setor produtivo e movimentos sociais.

Na mesa de abertura, estiveram presentes o vice-reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva; o pró-reitor de Extensão da UFPA, Nelson Souza; a vice-prefeita de Salinópolis, Denise Monteiro; o secretário de Desenvolvimento do Município de Capanema, Marcelo Acácio, representando a Prefeitura de Capanema; a coordenadora do Fórum de Coordenadores e Coordenadoras dos Campi da UFPA, Rosa Helena Oliveira; o coordenador do Fórum de Dirigentes de Unidades Acadêmicas de Belém, Marcos Monteiro Diniz; o coordenador do Campus Universitário de Salinópolis, Lindomar Miranda Ribeiro; a diretora da Casa de Cultura Fonte do Caranã, Carolina Loureiro Benone; e o representante dos estudantes do Campus Universitário de Salinópolis, Lucas Rodrigo Freitas. Prestigiaram o evento dirigentes e professores de vários campi e unidades acadêmicas, membros de movimentos sociais e gestores municipais e estaduais.

Lucas Freitas, estudante do 4o período de Engenharia de Petróleo, agradeceu o convite aos estudantes para participarem do evento e poderem dialogar temas relevantes para o conjunto da sociedade.

WhatsApp Image 2022 05 31 at 12.12.04 1A diretora da Casa de Cultura Fonte do Caranã, Carolina Benone, disse estar feliz de a Casa sediar o colóquio, “um evento que mostra a faceta extensionista da Universidade, tendo como princípio a troca de conhecimentos, saberes e ideias”, destaca. Lembrou que a Casa de Cultura foi inaugurada há um ano, com a proposta de ser um espaço para promoção de eventos culturais, científicos e de extensão. “Ainda era um período com maiores restrições sanitárias, mas agora poderemos sediar mais atividades, e a sociedade poderá usufruir mais deste equipamento cultural e científico da Universidade”, aponta Carolina Benone.

Para o coordenador do Campus Universitário de Salinópolis, Lindomar Ribeiro, “Este é um momento de celebração, quando WhatsApp Image 2022 05 31 at 12.12.05podemos novamente nos reunir presencialmente para realizar encontros como este”. Contextualizou a criação do Campus Universitário de Salinópolis em 2013, em um cenário em que os estudos em exploração de petróleo na região emergiam. Hoje o curso de Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo no campus é uma referência. “Apesar do pouco tempo do campus, vemos seu avanço como polo de conhecimento para a cidade e o nordeste paraense, com projetos de ensino, pesquisa e extensão”, comenta.

Programação diversificada - O professor Marcos Diniz, coordenador do Fórum dos Dirigentes das Unidades de Belém, salientou a riqueza do evento por tratar de uma diversidade de temáticas envolvendo questões econômicas, sociais e culturais. “A UFPA, como não poderia deixar, está no centro dessas discussões”, pontuou. Já a professora Rosa Helena Oliveira, coordenadora do Fórum dos Dirigentes dos Campi, complementou que, além da abrangência dos temas, “o evento é bastante significativo também por ser um espaço com representantes da academia, do povo, do estado e da indústria para discutir soluções para questões fundamentais, diante das quais não podemos nos calar. É por meio da educação que podemos encontrar soluções”, destaca.

Interação com os governos - Os gestores públicos, por sua vez, reafirmaram o interesse em firmar parcerias com a Universidade. “É muito oportuno o protagonismo da Universidade, de debater o desenvolvimento regional. Os municípios, de forma isolada, alcançam um grau de impacto, mas, de forma conjunta, podemos ter muito mais avanços”, falou o secretário de Desenvolvimento do Município de Capanema, Marcelo Acácio.

WhatsApp Image 2022 05 31 at 12.12.05 1Para Denise Monteiro, vice-prefeita de Salinópolis, “Só mesmo a Universidade para juntar diferentes atores da sociedade para debater. Quanto nós temos a aprender! Precisamos debater e sugerir soluções, com base em estudos e pesquisas. Que possamos nos pautar, em decisões futuras de políticas públicas, nas discussões e sugestões que saírem deste evento”.

WhatsApp Image 2022 05 31 at 12.12.06Papel e vocação da Universidade - Nelson Souza, pró-reitor de Extensão da UFPA, destacou o papel da Universidade no contexto do século XXI: “A Universidade está aqui, neste momento, por uma razão definitiva: a UFPA assume mais uma vez o seu papel de mediadora social no estado do Pará. Não é mais suficiente dizer que somos a principal formadora e produtora de conhecimento. Precisamos saber quais são nossos lugares sociais. O que fazemos, de fato, formando as pessoas e produzindo conhecimento. Só podemos nos reconhecer, quando partimos para o diálogo com a sociedade, com seus diferentes atores”.

WhatsApp Image 2022 05 31 at 12.12.06 1O vice-reitor Gilmar Pereira da Silva celebrou a vocação multicampi da UFPA: “Somos uma universidade totalmente diferente da maioria das universidades brasileiras, pois nascemos na capital do estado há mais de 60 anos e há 30 anos fomos para outros municípios e nos tornamos, de fato, uma Universidade Federal do Pará, não só de Belém. Nesse período, tem sido um desafio inventar e reinventar ações para além dos muros da Universidade, compreender os territórios, as culturas, os valores de cada localidade. Cada campus hoje tem suas expertises e é fruto da produção científica e da política educacional da nossa universidade”.

Conferência - Após a mesa de abertura, os participantes ainda puderam acompanhar a conferência “Potencialidades e Desafios da Exploração da Bacia Pará-Maranhão para o Desenvolvimento Regional e Consequências Socioambientais”, ministrada por Allan Kardec Barros, professor titular da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar) e ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

WhatsApp Image 2022 05 31 at 12.12.07O pesquisador e gestor apresentou o panorama da exploração e produção de petróleo no mundo e no Brasil, mostrando como o país tem exportado mais petróleo e importado mais combustíveis, o que demonstra o baixo investimento no refinamento de combustíveis no país. Criticou também a alta dependência brasileira da importação de combustíveis dos Estados Unidos da América, o que considerou um risco à soberania da nação.

Falou também do grande potencial da Bacia Pará-Maranhão, que inclui a região da costa nordeste paraense, para exploração de petróleo, mas faltam tecnologia, estrutura e estratégia nacional. A produção de petróleo poderia render bilhões em royalties aos municípios e estados envolvidos, como ocorre no Rio de Janeiro.

Desafios - “É preciso pensar também nesse potencial energético brasileiro em um momento em que o mundo assiste ao início de uma transição energética, em que não há propriamente a substituição de combustíveis, mas a diversificação das fontes de energia”, aponta Allan Kardec.

Como desafios, indicou ainda o enfrentamento de questões ambientais, de modo a garantir o uso sustentável dos recursos naturais; a inclusão social, para que a produção de riquezas pelo país se reverta em qualidade de vida para toda a população, especialmente os grupos mais vulneráveis; e a defesa da Amazônia e do Mar Territorial Brasileiro.

Por fim, o pesquisador defendeu que o Arco Norte seja incluído e tenha protagonismo no debate nacional sobre a exploração de petróleo, por meio da participação proativa da comunidade acadêmica. Citou a experiência da Rede Amazônia Azul, da qual a UFPA faz parte, que é uma mobilização acadêmica multidisciplinar que busca o diálogo com a atividade econômica, o Estado e a regulação ambiental. “Quando você traz conhecimento, você traz desenvolvimento. A UFPA é um farol iluminando a Amazônia e não pode se abster de um debate tão importante para a nação”, finalizou.

Colóquio - A programação do II Colóquio Mesorregional de Governança do Nordeste Paraense segue nestas terça e quarta-feira, 31 de maio e 1o de junho. As atividades estão sendo gravadas para posterior disponibilização para acesso on-line. Confira aqui a programação completa.

 

Texto: Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

Fotos: Alexandre de Moraes - Ascom UFPA

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