Ir direto para menu de acessibilidade.

Seletor idioma

ptenes

Opções de acessibilidade

Página inicial > Ultimas Notícias > Alunos da UFPA participam de Escola de Verão "Epistemologias do Sul" em Portugal
Início do conteúdo da página

Alunos da UFPA participam de Escola de Verão "Epistemologias do Sul" em Portugal

  • Publicado: Terça, 18 de Julho de 2017, 15h50

IMG 3807

O mestrando em Agriculturas Amazônicas, Ciro Brito, e a doutoranda em Direitos Humanos, Flávia do Amaral Vieira , da Universidade Federal do Pará (UFPA), participaram da Escola de Verão “Epistemologias do Sul: lutas, saberes e ideias de futuro” da Universidade de Coimbra, em Portugal. O curso, coordenado pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos e organizado pelo laboratório Centro de Estudos Sociais, visa debater e juntar ciência, arte e causas sociais. A escola, que ocorreu na última semana de junho, faz parte do Projeto Alice, do mesmo coordenador.

Objetivo - Além disso, segundo Ciro, a Escola teve a meta de “avançar nas Epistemologias do Sul (proposição teórica e política de Boaventura de Sousa Santos), procurando ir além do conhecimento moderno eurocêntrico”. Outro objetivo foi “realizar um laboratório social ativo onde caberiam ciência, arte, experiências de luta social, corpos e emoções, buscando criações e consolidações de projetos de democratização da justiça cognitiva e social”, explica o mestrando.

Importância - Para Ciro, “Boaventura de Sousa Santos é uma referência no campo da sociologia do direito, sendo um dos precursores da teoria do pluralismo jurídico, e pensamos que seu quadro teórico é relevante para compreender as complexas teias sociais amazônidas”. Por isso, “o curso foi importante por nos colocar em diálogo com uma comunidade global que tem convergências teóricas e políticas conosco e que tem atuação variada dentro e fora da academia, que podem enriquecer nossos debates e ações individuais e coletivas na Amazônia”, explica.

Para o pós-graduando, representar a UFPA em um ambiente internacional é uma grande responsabilidade e um privilégio. De acordo com ele, isso é devido à importância internacional da Universidade e como ela prepara seus alunos para debater com pessoas do mundo inteiro. “A UFPA nos proporciona uma visão crítica, devido a nossas particularidades regionais, que definitivamente é peculiar. Aos poucos, vamos abrindo as portas do mundo para falar, nós mesmos amazônidas, pela Amazônia. Há uma quebra de paradigmas e uma tomada de protagonismo. E ficamos muito felizes por estarmos, de certo modo, sendo interlocutores desse processo”, conta Ciro.

Participantes - O processo seletivo mundial ocorreu on-line, em fevereiro de 2017, por meio do envio de carta de motivação e currículo. Para aqueles que necessitassem, havia um processo seletivo paralelo de candidaturas à bolsas de estudo. Assim, entre mais de 200 candidatos, Ciro e Flávia foram escolhidos para duas das 40 vagas. A doutoranda Flávia do Amaral Vieira foi uma das oito bolsistas do curso. Ciro justifica a escolha “ Devido nossas inserções profissionais e de pesquisa junto a povos e comunidades tradicionais contrapondo-se aos chamados grandes projetos de desenvolvimento nacionais e internacionais.” Segundo ele, o mestrando e a doutoranda se inscreveram porque consideraram “a oportunidade para realizar trocas globais com participantes de todos os continentes do planeta seria muito engrandecedora”, explica.

Epistemologias do Sul - O curso discutiu o pensamento abissal e pós-abissal e cartografias emancipatórias de lutas sociais, além do conhecimento transformador. O debate ocorreu por meio de momentos de reflexão sobre a função dos intelectuais, da Universidade, da cultura e das agendas particulares do sul do planeta. Segundo o mestrando, as conversas e debates foram excelentes. “Nos proporcionou experiências sensitivas e científicas ímpares. Ele funcionou de maneira a intercalar sessões expositivas com os pesquisadores do Alice, professores do Centro de Estudos Sociais e professores convidados, como Lewis Gordon e Jane Gordon, e oficinas de rap, poesia, slam poetry, teatro, uma visita a comunidade tradicional de Capuchinhas, sessões de debates, de filmes e almoços e jantares temáticos.”

Texto: Alice Palmeira - Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Divulgação

registrado em:
Fim do conteúdo da página