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Livro aborda os impactos causados à saúde pública pela construção da Usina de Belo Monte

  • Publicado: Terça, 11 de Setembro de 2018, 14h42

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Recentemente lançado, o livro Hidrelétrica Belo Monte: Impactos na Saúde está à venda na livraria do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea). Trazendo uma abordagem crítica, a obra analisa diversos processos relacionados à construção da Hidrelétrica de Belo Monte, localizada na região Xingu, no Estado do Pará. O livro foi organizado pela professora doutora Rosa Carmina de Sena Couto, em parceria com Rosa Acevedo Marin, professora titular do NAEA/UFPA.

Livro – Rosa Carmina Couto conta que os diversos textos da coletânea discutem problemas decorrentes deste megaprojeto em relação à saúde pública, violência sexual em crianças e adolescente e sobre as condições de trabalho dos trabalhadores no canteiro de obra de Belo Monte. É problematizada a situação da Volta Grande do Xingu com conflitos sociais, ambientais e a expropriação de terra que ocorre no contexto de territorialidades ameaçadas pelos projetos de Belo Monte e Belo Sun Mineração.

“Nosso livro apresenta uma abordagem crítica sobre o processo de construção da Hidrelétrica Belo Monte e seus impactos na saúde da população local, além de estender a crítica ao modelo de desenvolvimento para a Amazônia: excludente, concentrador, exógeno, perverso e predatório, sendo esse megaprojeto uma das faces deste modelo”, afirma Rosa Carmina Couto, que é médica sanitarista, doutora em Saúde Pública pela ENSP/FioCruz.

Importância – Rosa Carmina Couto diz ser uma alegria ter participado da organização deste livro com Rosa Acevedo Marin. Ela diz que as suas experiências políticas e acadêmicas voltadas à Amazônia possibilitaram estruturar o livro e expor o problema, para que a sociedade possa refletir sobre qual futuro queremos para a Amazônia.

“A Amazônia é um tema de interesse global e precisamos estar à altura de fomentar este debate. O livro deixa muito claro: não queremos mais projetos exógenos, excludentes e predatórios. Não queremos projetos que estejam na contramão da cultura amazônica: a Amazônia é a síntese de duas civilizações: a fluvial e a biocivilização.”

Expectativa – Rosa Carmina Couto ressalta que o livro é uma coletânea de textos dela mesma, de Rosa Acevedo Marin, de Assis Oliveira, que são professores da UFPA – assim como de Tânia Sena Conceição, que é conselheira do Conselho Estadual de Saúde-PA. O livro pretende contribuir para alimentar o debate sobre os impactos da Hidrelétrica Belo Monte na saúde da população local. Além de fazer um alerta: diante de tão graves ameaças à vida na Amazônia, é necessário amplificar as discussões.

“É preciso garantir o direito à Saúde. É preciso cuidar das pessoas, das etnias, dos mais vulneráveis. E que o desenvolvimento não se traduza em impacto negativo na saúde das populações atingidas por esses empreendimentos.”

“Propomos: cancelar todos os projetos hidrelétricos para a Amazônia, pois são predatórios e desnecessários; diversificar a matriz energética brasileira aumentando investimentos em energias renováveis (eólica, solar e biomassa); preservar o fluxo dos rios da bacia amazônica; explorar racionalmente os recursos naturais e manter a floresta em pé; e proteger os povos tradicionais e as comunidades rurais da Amazônia, garantindo os seus direitos”, conclui.

Texto: Andre Gomes – Assessoria de Comunicação da UFPA (ASCOM/UFPA)
Foto: Divulgação

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