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Após atender cerca de 1300 pacientes graves, Hospital Barros Barreto encerra serviço de referência para Covid-19 no Pará

  • Publicado: Segunda, 10 de Agosto de 2020, 10h33

Uma estrutura com mais de 40 leitos de enfermaria, 18 leitos de tratamento intensivo e ambulatórios funcionando em três turnos foi montada no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) para receber quase 200 pessoas, em estado grave, que foram internadas com Covid-19 e reguladas pelo estado durante os meses de abril a julho deste ano. Em razão da queda no número de casos de alta complexidade e por decisão da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), a unidade hospitalar encerra as atividades para pacientes graves de Covid-19 e prepara-se para a retomada das especialidades de referência. 

Desde o mês de fevereiro, o Barros Barreto, que é vinculado ao Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi designado como referência para casos graves do novo coronavírus. Ainda em abril, o HUJBB começou a receber os primeiros pacientes graves de covid-19 que necessitavam de internação e ficavam em leitos de isolamento. Com o aumento dos casos, o Ministério da Saúde repassou recurso mensal para a manutenção de leitos de tratamento intensivo exclusivos de covid-19, sendo criada a Unidade de Apoio à Covid-19 (UAC-19), com 18 leitos de UTI.

“Fizemos uma reorganização dos recursos humanos do hospital para atender à demanda de covid, mobilizamos médicos de várias clínicas do hospital, como a clínica médica, infectologia, pneumologia e cirurgia, para compor as escalas de UTI”,  explica o gerente de Atenção à Saúde do Hospital Barros Barreto, Mauricio Bezerra. O HUJBB também contou com um quantitativo de 66 profissionais cedidos pela Sespa e com 82 profissionais contratados pelo processo seletivo emergencial da Rede Ebserh. 

Segundo o último informe epidemiológico do HUJBB, a UAC-19 recebeu 193 internações de pacientes graves, dos quais 106 se recuperaram.  Ao todo, 1.297 casos foram notificados, sendo 724 confirmados e 573 descartados. Também foi implantado um ambulatório exclusivo para atender à demanda interna do hospital, de funcionários e de pacientes já internados, com equipes de plantão nos três turnos, matutino, intermediário e noturno. Outras ações durante a pandemia foram as centrais telefônicas de dúvidas sobre covid-19 e apoio psicológico para pacientes, familiares e trabalhadores dos hospitais universitários durante a fase mais crítica da pandemia no estado. 

Redução de casos - No início do mês de julho, o Barros Barreto apresentou queda no número de casos referenciados, refletindo uma realidade do estado, que aponta redução da taxa de letalidade nas últimas semanas. O HUJBB também apresentou redução no número de funcionários infectados em quase 100%, conforme aponta o último informe epidemiológico, que demonstra que o pico de contaminação nos colaboradores ocorreu no mês de maio, sendo registrado apenas um caso desde junho.

A superintendente do Complexo Hospitalar Universitário, Regina Feio Barroso, parabeniza todos os profissionais de saúde que ajudaram na linha de frente durante o período mais grave da pandemia. “Foram incansáveis esforços que fizemos todos os dias para receber os pacientes referenciados, cuidar dos nossos servidores que foram acometidos com a doença e evitar o máximo possível de óbitos, e, mesmo em meio às dificuldades, conseguimos passar por essa fase tão difícil”, lembra a gestora. 

Regina Feio reforça, ainda, que a pandemia não acabou e que é importante não relaxar as medidas de segurança, como o uso de máscaras e a higienização constante das mãos. “Como estamos encerrando essa fase da pandemia, a partir de agosto também retornaremos gradativamente os ambulatórios, por isso é imprescindível unirmos forças para evitar uma segunda onda de contaminação”, ressalta. Para evitar o contágio, na fase de retorno dos ambulatórios haverá medição de temperatura na entrada do HUJBB, obrigatoriedade do uso de máscaras por toda a comunidade hospitalar e medidas de distanciamento social, como o recebimento de 50% do quantitativo de pacientes. 

Texto: Paola Caracciolo - Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh
Foto: Edna Castro

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