5º Encontro Paraense de Etnomatemática coloca em debate as práticas educativas do Ensino Remoto

Com o objetivo de divulgar como se tem trabalhado, na prática, o uso da Etnomatemática e as dificuldades do ensino remoto nas regiões interioranas, o Laboratório de Ensino da Matemática da Amazônia Tocantina - Lemat, do Campus de Abaetetuba da Universidade Federal do Pará (UFPA), apresenta o 5º Encontro Paraense de Etnomatemática, com o tema “Práticas educativas em tempos de distanciamento social”, realizado de forma virtual, entre os dias 7 e 9 de julho de 2021, das 9h às 19h. O evento é aberto e as inscrições seguem até o dia 4 de julho, no site do evento.

A Etnomatemática é uma técnica de ensino que usa elementos cotidianos de grupos culturalmente diferenciados para o ensino da Matemática, buscando integrar o ensino da Matemática e as práticas sociais. Assim, o processo de ensino-aprendizagem consiste em compreender e valorizar a existência da Matemática vivenciada na prática, em diferentes culturas, como a indígena, a ribeirinha, a quilombola etc.

"Nosso ensino é um ato de resistência a tudo isso que se impõe hoje de limitação, pois utilizamos essa difusão de conhecimentos das práticas sociais de grupos minoritários à margem do contexto nacional. Na prática, esse é um grande desafio para os professores, principalmente agora com o ensino remoto”, explica o professor Osvaldo Barros, coordenador do Lemat.

Para debater esse novo contexto e compartilhar métodos desenvolvidos para a utilização da Etnomatemática, o evento reunirá professores que ensinam Matemática no ensino fundamental e médio, no interior do Pará, além de trazer debates sobre as dificuldades que os grupos sociais têm encontrado para realizar o ensino remoto e possíveis soluções para sanar essa problemática.

“Quando falamos de ensino remoto, pensamos na internet e disponibilidade de aparelhos, o que já é uma dificuldade nas grandes cidades, imagina na região rural, nas ilhas, nas escolas que não pegam celular. Estão fazendo educação para quem pode e essa é uma discussão que estamos trazendo neste evento para que as pessoas relatem as dificuldades e principalmente encontrem alternativas de como desenvolver atividades que possibilitem a inclusão dos alunos nesse processo educacional”, completa o professor Osvaldo Barros.

Encontro Paraense de Etnomatemática - O evento é aberto àqueles que se interessam pelo tema, independentemente da área de atuação, e será transmitido pelo canal no YouTube, entre os dias 7 e 9 de julho de 2021. As inscrições vão até o dia 4 de julho de 2020 e os valores variam de acordo com a categoria de participação. 

A programação contará com apresentações de trabalhos, mesas de debates e palestras que irão trabalhar temas como: “Prática na educação do campo e ribeirinha”, “Educação escolar indígena no contexto pandêmico: relatos e experiência de professores indígenas”, “Educação em tempos de pandemia: serviço essencial ou direito dos povos tradicionais e camponeses da Amazônia”, “Cultura e Etnomatemática na formação de professores de Matemática”. Serão realizados também quatro minicursos, com os temas: “Etnotecelagem e os objetos do conhecimento matemático”, "Etnomatemática e a Lei 10.639/2003 no contexto escolar”, “O uso da língua Nheengatu para o ensino de Mmatemática em escolas indígenas do Planalto Santareno” e “Astronomia indigena: mapas celestes e representações da mitologia indigena nas constelações”. 

Os inscritos no evento terão direito, ainda, a participar do curso "Etnomatemática para a sala de aula”, com carga horária de 40 horas, independentemente da carga horária do evento. A capacitação será realizada via Plataforma Google Meet, de 7 a 9 de julho, das 19h às 21h. O curso será ministrado por professores que já vivenciaram o ensino da Etnomatemática nos interiores do estado.

Serviço:

5º Encontro Paraense de Etnomatemática

Data: 7 a 9 de julho de 2021

Inscrições e submissões de trabalhos: Até o dia 4 de julho de 2021

Local das inscrições: site do evento.

Os valores das inscrições variam conforme a categoria de participação.

Transmissão do evento: via youtube

Transmissão do curso gratuito: via plataforma google meet.

Para mais informações, acesse o site do evento.

Texto: Bruna Ribeiro - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Arte: Divulgação