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Projeto "Robô na Escola" promove aprendizado interdisciplinar e estimula interesse de alunos

  • Publicado: Segunda, 11 de Setembro de 2017, 15h43

06.09.2017 Batalha de robôs ITEC Foto Alexandre de Moraes site3 746x423

Ringue preparado, lutador posicionado e pronto para derrubar o oponente. Ganha quem conseguir forçar o adversário para fora do espaço delimitado primeiro. Parece familiar? As tradicionais regras de sumô ganham um novo sentido na Universidade Federal do Pará (UFPA): a luta ocorre entre robôs construídos pelos alunos. Esse é o projeto criado pelo professor Marco José de Sousa, do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (ITEC).

A torneio entre os robôs surgiu nas salas de aula da UFPA com a disciplina Projetos de Engenharia III, ofertada aos alunos do 5° semestre dos cursos de Engenharia da Computação e Engenharia de Telecomunicações. Hoje em dia, além das tradicionais provas envolvendo a criação e teste dos robôs em sala de aula, o estudo prático é levado para além da academia com o projeto “Robô na Escola”. Fundado em 2015, ele visita escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio em Belém.

06.09.2017 Batalha de robôs ITEC Foto Alexandre de Moraes site9 373x212Seu diferencial é o enfoque interdisciplinar. O aprendizado, além de dar aplicações práticas ao estudo da matemática e da física, estimula o interesse dos alunos nos mais diversos campos de estudo: a partir da história pode-se entender um pouco mais sobre a evolução das ferramentas tecnológicas ao longo dos tempos e seu uso em dados momentos históricos, como nas guerras mundiais; o campo da química, por exemplo, ajuda a compreender os processos de funcionamento das baterias utilizadas nos robôs. E assim por diante.

O estudo da língua inglesa não fica de fora - Muitos alunos passaram a dar mais valor às aulas de língua estrangeira depois de perceber que muitos materiais de estudo para a montagem dos robôs estão escritos em inglês, conta o professor Marco Sousa. As atividades também envolvem o manuseio de ferramentas como parafusos e outros instrumentos. “Coisas básicas que a gente tem que saber para a vida, e a escola não ensina”, defende ele.  “Quando você bota o aluno para fazer um projeto por conta própria, ele aprende a procurar o conhecimento sozinho, dar mais valor ao que descobriu”. A intenção do professor também é mostrar que o trabalho não precisa ser “aquela coisa tão sem graça”, brinca.

06.09.2017 Batalha de robôs ITEC Foto Alexandre de Moraes site2Aprender brincando - Entender a programação dos robôs pode parecer difícil, mas com o devido apoio e ensino lúdico, o pesquisador da UFPA garante que o assunto pode ser facilmente passado a alunos que ainda não ingressaram na vida acadêmica. “O aluno descobre interesses que nem sabia que tinha, como a engenharia”, diz o professor. E isso pode ajudar na escolha da futura carreira profissional.

Esse é o caso de Cleverton Gonçalves, de 19 anos. “Eu conheci o projeto na minha escola e pude aprender sobre tecnologia de uma forma mais aprofundada. Foi muito legal, os voluntários estavam sempre dispostos a ajudar”, elogia ele. Graças ao projeto, Cleverton descobriu a paixão pela engenharia, área que deseja cursar na faculdade. Inspirado pelo aprendizado com os robôs, hoje em dia o estudante participa como voluntário e repassa o que aprendeu a outros alunos do ensino médio.

06.09.2017 Batalha de robôs ITEC Foto Alexandre de Moraes site8 373x212Para os estudantes do ensino superior os benefícios também são diversos. “A gente consegue aplicar vários conhecimentos do curso, como programação e eletrônica, exercitar a integração em equipe, aprender a fazer orçamentos para a compra das peças, fazer pesquisa. Além do conhecimento técnico, os alunos mostram que têm capacidade, na prática”, assegura Marco Sousa, pesquisador do ITEC.

Falta de apoio -  O professor conta que há muitos professores interessados no projeto, mas falta apoio nas escolas. O maior obstáculo é a carência das escolas de bons laboratórios, computadores e material de aula, como quadro e giz. “Geralmente, os laboratórios são limitados, de difícil acesso e com poucos computadores”, lamenta.

A equipe do projeto Robô na Escola possui um portal para ensinar técnicas simples para a construção de robôs por conta própria. Saiba mais aqui

Texto: Mariana Vieira - Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre de Moraes

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