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Hospital Bettina Ferro esclarece profissionais e estudantes sobre o Autismo

  • Publicado: Quinta, 05 de Abril de 2018, 15h41

Bettina Ferro de Souza fachada Foto Alexandre Moraes

"Desafios do diagnóstico e do tratamento das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo" é o tema da mesa-redonda que ocorre nesta sexta-feira, 6, das 10h às 12h, no auditório do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A realização é da Unidade de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Uasca) e do Centro de Atendimento à Saúde da Mulher e da Criança (Casmuc), destinado aos profissionais da saúde, estudantes e familiares de pessoas com autismo.

Os palestrantes são a geneticista da Uasca, Isabel Neves; a terapeuta da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae)–Belém, Vanessa Furtado; a neurologista da Uasca, Madacelina Texeira; e a professora da UFPA, Rosilene Reis.

A Uasca é referência estadual no diagnóstico de doenças raras no atendimento de alterações de desenvolvimento e comportamento em Belém, entre elas, o autismo. O espaço, iniciado com o nome de "Serviço de Desenvolvimento e Crescimento – Caminhar", tem 15 anos de funcionamento e computa cerca de seis mil indivíduos diagnosticados com doenças raras, entre elas, síndromes de Williams, de Marfan e Mucopolissacaridose, e com alterações de desenvolvimento.

A geneticista Isabel Neves informa que 90% das crianças que chegam ao Bettina com alterações de desenvolvimento são diagnosticadas com autismo, "ou seja, para cada dez crianças que chegam ao espaço, nove são identificadas com o problema."

Até 2013, o Ambulatório de Autismo esteve vinculado ao HUBFS e, desde então, está sob a Faculdade de Medicina da UFPA, desenvolvido no Centro de Atendimento à Saúde da Mulher e da Criança (Casmuc), prédio anexo ao HUBFS. Nele, são atendidos em torno de 800 crianças e adolescentes, os quais, de acordo com a necessidade, são acompanhados também no Bettina Ferro, onde recebem avaliação profissional da terapia ocupacional.

rodadeconversaautismoSessão - Belém vive um mês inteiro em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril. Como parte da programação, a Câmara Municipal de Belém (CMB) realizou nesta quinta-feira, 5, a sessão especial para apresentar os avanços no atendimento dessa parcela da população belenense, onde estiveram presentes várias organizações que lutam pela garantia dos direitos das pessoas com deficiência.

Por ser referência no diagnóstico e tratamento do Transtorno do Espectro do Autismo, o Bettina Ferro foi convidado para o debate. Representaram a instituição hospitalar: a gerente interina de Atenção à Saúde da instituição hospitalar, Ana Brito; assessora de planejamento do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh, a médica Graça Soutelo; professora da UFPA, Rose Reis; e pediatra do Casmuc/UFPA, Carla Magalhães.

A presidente da Associação de Mães e Amigos dos Autistas do Pará (Amaap), Jeronice Coutinho, informa que a "luta pela causa do autismo não é fácil, mas que, apesar de as dificuldades serem muitas, percebe-se, a cada ano, um engajamento maior da população". Ela comentou que entre os desafios estão: a criação de mais espaços para o diagnóstico precoce e tratamento multiprofissional, com o objetivo de promover o desenvolvimento com qualidade de vida aos meninos e meninas autistas.

"Nós temos outros espaços para receber as nossas crianças, mas o Bettina ainda é a única referência no Estado que garante uma equipe multiprofissional mais próxima do que seria ideal. Só que precisamos de muitos Bettinas para o autista chegar a uma vida de qualidade", enfatizou.

Sobre a Ebserh - Desde outubro de 2015, o Complexo Hospitalar da UFPA é filiado à Ebserh, estatal vinculada ao Ministério da Educação, que administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Texto: Edna Nunes – Ascom Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh.
Fotos: Alexandre Moraes e Edna Nunes

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